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Repressão a escritores LGBTIAP+ gera debate na China

Autoridades no leste da China estão intensificando uma repressão contra escritores de com temáticas LGBTQIAP+, resultando em pesadas multas, detenções e até sentenças de prisão. A operação, liderada pela polícia da província de Anhui, tem como alvo pessoas de todo o país, levantando preocupações sobre abuso de poder e a severidade das leis aplicadas.


A ação foca principalmente em autores que publicam na plataforma taiwanesa de ficção Haitang Culture, conhecida por sua popularidade entre fãs de danmei (histórias LGBTQIA+). Esses escritores estão sendo acusados de "produzir, vender ou disseminar materiais pornográficos".

Desde junho, mais de 50 escritores foram detidos, e a pena mais dura até agora foi de 4 anos e meio de prisão. Pela lei chinesa, quem lucrar mais de 250.000 yuan (cerca de R$ 170 mil) com materiais eróticos pode enfrentar prisão perpétua. No entanto, as penas podem ser reduzidas caso cooperem com as investigações e devolvam os lucros.


A repressão provocou indignação e discussões nas redes sociais. Muitos criticam a extensão das ações da polícia de Anhui para outras províncias, considerando-as um possível abuso de poder. Também há questionamentos sobre a severidade das punições para o gênero danmei, que é amplamente popular entre jovens.

O crescimento do danmei reflete mudanças culturais entre o público jovem da China, mesmo enfrentando resistência legal e social. A repressão deixa fãs e criadores incertos sobre o futuro da representação LGBTQIA+ na mídia chinesa.

Essa situação ressalta os desafios entre tendências culturais, direitos humanos e os limites da liberdade de expressão em uma sociedade em transformação.

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