Como é realmente ser LGBTQIAP+ na Coreia do Sul?
O fato de a Coreia do Sul ter demorado a entrar no fenómeno BL comparativamente com outros países da região não é por acaso. Este é um país que, apesar de desenvolvido e ser considerado um ótimo lugar para se viver, não abandona formas tradicionais de pensamento. Neste sentido, a vida de uma pessoa LGBT+ não será de todo ideal na Coreia.
Na Coreia do Sul, não existe leis que protejam contra a discriminação com base na orientação sexual ou identidade de género. O casamento entre pessoas do mesmo sexo, adoção por parte desses casais e as uniões civis ainda são ilegais. Estudantes queer enfrentam discriminação nas escolas. Vários ministros conservadores e líderes religiosos contribuíram para as longas e malsucedidas tentativas dos ativistas de aprovar um projeto de lei abrangente contra a discriminação.
Apenas nos dois últimos anos, começou a surgir uma grande quantidade de produções BL com o intuito de também entrar no trend. Os BL coreanos são caracterizados como mais conservadores culturalmente mas com histórias leves e doces. A maioria destas séries são relativamente curtas acabando por serem mais fáceis de assistir.
O sucesso monetário de To My Star, Semantic Error, entre outras produções, falam mais alto e infelizmente, alguns estúdios acabam por ter interesse em entrar no mundo BL não a pensar na comunidade LGBT mas apenas por dinheiro.
Esperamos que no futuro possa haver mudanças no governo coreano e que também as séries BL possam contribuir de alguma forma para melhorar a vida da comunidade LGBT+ no país.
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